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Cidadania: uma reflexão à luz da Doutrina Espírita

Pela Equipe de Comunicação e Marketing



“Q. 794 – A sociedade poderia ser regida somente pelas leis naturais, sem o concurso das leis humanas? R.: Ela o poderia se os homens as compreendessem bem, e seriam suficientes se houvesse vontade de as praticar. Mas a sociedade tem suas exigências, e precisa de leis particulares.”

Questão nº 794 de “O Livro dos Espíritos”, codificado por Allan Kardec.


Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”

Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.



A cidadania, em sua acepção contemporânea, pode ser entendida como o conjunto de direitos e deveres dos quais o indivíduo é titular perante a sociedade em que vive. Trata-se de conceito fundamental para a organização da vida social, construído a duras penas ao longo da história humana. Foi sobretudo a partir do século XVIII - quando a Revolução Francesa eclodiu sob os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade - que se consolidou a concepção de que cada cidadão, na vida em sociedade, é credor do respeito dos pares a seus direitos, bem como devedor de respeito aos direitos dos pares.


Entretanto, no degrau evolutivo em que a humanidade terrestre se encontra, nem sempre prevalece, nas relações sociais, esse espírito de solidariedade entre as pessoas. Basta observarmos as chagas expostas da miséria, da violência e da indiferença pelo próximo, tão evidentes no noticiário cotidiano, para concluirmos que há distância significativa entre a sociedade na qual vivemos e aquela que consideramos ideal, segundo os princípios humanistas e/ou religiosos que abraçamos. Como resultado, muitos irmãos nossos são indevidamente privados das condições mais básicas de dignidade humana, em situações de terrível sofrimento.



Vemos todos os dias a pessoa em situação de rua, que, ao estender a mão pedindo alívio, geralmente encontra mais sacerdotes e levitas a passarem apressados que samaritanos dispostos a socorrer. Que fazemos de especial por esses nossos concidadãos? Que gostaríamos que fosse feito por nós, caso a situação se invertesse?


Convivemos também com pessoas que esposam crenças, valores e comportamentos diversos daqueles que adotamos. Assim como nós mesmos, elas são dotadas de livre-arbítrio, faculdade inalienável do espírito imortal, sempre respeitada pelos Benfeitores da Vida Maior em suas tratativas conosco. E nós, já somos capazes de reconhecer o livre-arbítrio de nossos irmãos em humanidade, guardando respeito e tolerância para com as diferenças? Ou ainda lançamos anátema sobre quem pensa de forma distinta da nossa, destilando o veneno do sectarismo nas mentes e corações que nos cercam?


Muito além de um conceito abstrato, o respeito à cidadania é expressão diária de conduta cristã. Não basta apenas exercermos nossos direitos e cumprirmos com nossos deveres comuns para com o Estado e a sociedade. Isso é sem dúvida importante, mas o espírita, consciente de que é um cidadão do Universo e de que a caridade deve ser a base de sua conduta, tem o dever de ir além e oferecer o melhor de si mesmo aos semelhantes, na certeza de que é pelo esforço de cada um que se construirá, de futuro, uma sociedade na qual todos viveremos de fato como irmãos.





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