Pela Equipe de Comunicação e Marketing
“Em suma, a mediunidade equivale a ser a sacrossanta oportunidade de progresso próprio e coletivo... E, todo médium, no usufruto desses atributos, deve sempre se dispor a amar e abençoar, ponderar e servir”. [1]
“Não olvidar que o melhor médium para o Mundo Espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se, disposto a esquecer-se e pronto a servir”. [2]
Após estabelecer as verdades espirituais, dentre elas, a imortalidade da alma, Kardec partiu para o estudo do fenômeno da comunicação entre os espíritos desencarnados e os encarnados, assunto do domínio da mediunidade, que se mostrou experimentalmente comprovável. O codificador já havia impresso uma pequena obra sobre o tema em 1858: “Instruções práticas sobre as manifestações espíritas”, que se esgotou rapidamente e não foi reimpressa, por não a “considerar bastante completa para esclarecer acerca de todas as dificuldades que se possam encontrar”. [3]
Classificando-a como seguimento de “O Livro dos Espíritos”, lança há 163 anos, em 15 de janeiro de 1861, a segunda obra do pentateuco kardequiano [4]: O LIVRO DOS MÉDIUNS. Logo na Introdução, adverte: “Não é obra com receita universal e infalível para formar médiuns. Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista”.
E afirma: “Ela contribuirá, pelo menos assim o esperamos, para imprimir ao Espiritismo o caráter sério que lhe forma a essência e para evitar que haja quem nele veja objeto de frívola ocupação e de divertimento” [3]. O codificador compreendeu perfeitamente a relevância dos temas a serem abordados na obra, pois “a mediunidade tem uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza das suas responsabilidades de Espírito imortal” [5].
Para atingir esse objetivo, o codificador discorre sobre as manifestações mediúnicas e o mecanismo de ação de cada uma, apresenta a classificação dos médiuns sob vários aspectos, ressalta os inconvenientes e perigos da mediunidade, sobre a influência moral do médium, ressalta a obsessão e as evocações, nos ensina a distinguir os bons dos maus espíritos e esclarece sobre as perguntas que se podem fazer aos espíritos, dentre outros assuntos.
E para nos auxiliar a estudar essa obra tão abrangente e complexa, a Caravana de Luz Editora [6] publicou em abril de 2019 um guia de estudos espíritas intitulado “SONDANDO O EXTRAORDINÁRIO EM O LIVRO DOS MÉDIUNS” [7], destacando os principais temas abordados em cada capítulo da segunda obra básica, bem como a bibliografia específica do assunto na bíblia, na obra básica e em obras subsidiárias confiáveis. Além disso, oferece 25 temas avulsos relacionados à mediunidade.
Apresentando-nos a todos como médiuns: “Todo aquele que sente em grau qualquer a influência dos Espíritos é, por este fato, médium” [8], Kardec chama a atenção em toda a obra para o comprometimento e responsabilidade exigidos na vivência da mediunidade com Jesus, visando o progresso moral e espiritual do ser.
Neste aniversário de 163 anos da publicação de O LIVRO DOS MÉDIUNS, somos convidados a reconhecer a oportunidade benéfica de sermos intermediários entre os dois planos da vida, em qualquer momento de nossa existência, seja como médiuns na seara espírita ou como cidadãos pertencentes às dimensões física e espiritual, que se relacionam constantemente. Nesta obra, o codificador nos ensina a melhor maneira de sermos “médiuns” do equilíbrio, da harmonia e da sintonia com o Plano Espiritual Superior, beneficiando a nós e ao próximo, seja encarnado ou desencarnado. Acerca do assunto, esclarece-nos o médium Raul Teixeira: “A mediunidade como possibilidade de registrar o mundo invisível, em razão dos implementos psíquicos da criatura, é inerente ao ser humano. Todos a possuem nos graus mais variados. É uma condição humana inalienável [...]. Pode-se, assim, avançar nos passos da evolução espiritual ajustado ao bem, perseguindo cada vez mais intensos progressos, e cooperar com o Criador na Sua obra, sem que se esteja propriamente a serviço da mediunidade” [9].
E, se ainda não aceitamos o convite para trabalhar na seara do bem, lembremos dos trabalhadores da última hora, retratados no Evangelho de Jesus em Mateus, no capítulo 20, nos versículos 1 a 16. “Esta interessante parábola constitui, ainda, um cântico de esperança para todos. Por ela, Jesus nos ensina que qualquer tempo é oportunidade para cuidarmos do aperfeiçoamento de nossas almas, e, quer nos encontremos nos albores da existência, quer estejamos, já, beirando a velhice, desde que aceitemos, com boa disposição, o convite para o trabalho, haveremos de fazer jus ao salário divino” [10].
Estudemos O LIVRO DOS MÉDIUNS, meditemos nas lições e as apliquemos na vida diária, pois “as manifestações entre o mundo espírita e o mundo corpóreo estão na ordem natural das coisas e não constituem fato sobrenatural, tanto que de tais comunicações se acham vestígios entre todos os povos e em todas as épocas [11]”.
[1] RODRIGUES JR, Adail Sebastião. Receitas de Amor e Paz, pelo Espírito Walter Barreiros. Capítulo Acerca da mediunidade.
[2] XAVIER, Francisco Cândido. Paz e Renovação (peça em nossa livraria), pelo Espírito Albino Teixeira. Capítulo 34 Decálogo para médiuns.
[3] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns (peça em nossa livraria). Introdução.
[4] Pentateuco Kardequiano (peça em nossa livraria): O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).
[5] FRANCO, Divaldo e Raul Teixeira. Diretrizes de Segurança (peça em nossa livraria). Capítulo 1: Mediunidade, pergunta 1.
[6] Acesse o site www.caravanadeluzeditora.org.br
[7] Essa obra faz parte da Coleção Iluminar: Evangelho e Parábolas segundo o Espiritismo, Investigando O Livro dos Espíritos e Sondando o Extraordinário em O Livro dos Médiuns.
[8] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Capítulo XIV, item 159.
[9] FRANCO, Divaldo e Raul Teixeira. Diretrizes de Segurança. Capítulo 1: Mediunidade, pergunta 14.
[10] CALLIGARIS, Rodolfo. Parábolas evangélicas à luz do Espiritismo (peça em nossa livraria). Capítulo Parábola dos trabalhadores e das diversas horas do trabalho.
[11] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos (peça em nossa livraria). Prolegômenos.
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