Pela Equipe de Comunicação e Marketing
Determinação, intrepidez, persistência, ousadia, bravura, para muitos, é a definição de coragem. Mas nós, cristãos, compreendemos que a verdadeira coragem é aquela que expressa o bem e o amor em todas as circunstâncias. O corajoso não é o valente, que afronta o adversário, mas aquele que, diante da agressão, pode calar-se, não revidar o mal com o mal, compreender suas limitações e do próximo e, por fim, como Jesus, amar o inimigo.
A coragem é a capacidade de ser honesto quando alguém não nos vigia, de defender o irmão ausente que sofre injustiças, de praticar a caridade quando o mundo nos convida ao materialismo. É imprescindível desenvolver a capacidade de lidar com os desafios que surgem com fé em Deus, além de romper com as ilusões da vida passageira e praticar a caridade.
O cordeiro de Deus lavava os pés dos seus discípulos com humildade, coragem e amor; ao fazer isso, demonstrava que, independentemente da posição ou do papel que as pessoas ocupam, devemos nos comprometer a servir e amar o próximo. Essa atitude de Cristo nos ensina a importância de termos coragem de colocar o amor e o serviço ao próximo acima de qualquer outra coisa. Fez o mesmo ao orar profundamente no Jardim de Getsêmani, demonstrando seu amor e confiança no Criador diante da dura prova carnal que estava prestes a enfrentar.
O Mestre, suportou os julgamentos injustos dos líderes religiosos, Pilatos e Herodes, com coragem. Sofreu acusações falsas, zombarias e golpes físicos com serenidade, sempre fiel a sua missão de amor e de redenção.
Carregou sua própria cruz e foi imolado no Calvário. No entanto, ofereceu perdão aos que os crucificaram e rogou pela humanidade, que ainda não tem consciência do que fazem.
Por fim, ressurge após a morte, demonstrando a vitória do amor sobre todas as coisas.
Esse é o momento em que vivemos neste mês de março, a Páscoa. Momento em que somos convidados a relembrar os últimos momentos do Mestre na Terra e a ter a coragem que Ele exemplificou.
Ao longo da nossa existência material, enfrentamos dificuldades materiais que requerem essa virtude: um parente difícil, a saúde frágil, a falta de recursos financeiros, a contrariedade no seio familiar, a violência do mundo, o chefe intransigente, o trânsito caótico, a fofoca destrutiva, o pensamento inferior, a depressão instalada.
Emmanuel, em Brilhe Vossa Luz [1] instrui: “Para elevar a própria vida é imprescindível gastar muitas emoções, aparar inúmeras arestas da personalidade, reajustar conceitos e combater sistematicamente a ilusão. (...) É necessário reeducar, readaptar e restaurar personalidades que se demoram nas sombras do “eu”, desinteressadas do santuário que lhes pertence no imo do ser”.
Precisamos romper com a prisão do ego, pois já temos os recursos necessários para triunfar. Basta conscientizarmos do imperativo da renovação.
O Espírito Matias, em Receitas de Luz e Renovação [2], nos oferece um guia para que possamos realizar as nossas reformas:
“(...) inicia o teu dia com a bênção da prece.
Reflete nas inúmeras oportunidades que tens em operar o apoio e fomentar a compreensão aos semelhantes.
Entrega-te ao culto da tolerância e da simpatia, inicialmente, dentro do lar. (...)
Oferece sustento à caridade (...)
Enxuga as lágrimas alheias que surgirem na tua rota.
Doa perdão e tolerância ao ofensor.
Suporta, com calma, aquilo que não puderes transformar para melhor.
Alimenta o teu ânimo com o bálsamo da tranquilidade, superando obstáculos com dignidade e confiança.
Jamais te entregues a injúrias ou acusações diante das dificuldades.
Procura entender as deficiências do próximo (...).
Não deixes transparecer, pela tua fala, tristezas e murmurações sem nexo ou solução.
Empreende o culto da paciência infindável, no intuito de cultivar a paz íntima.
Ama e agradece a Deus a dádiva da vida, porque, todos nós, em qualquer situação, somos chamados à obra das grandes reformas da humanidade, a iniciar-se de nossa própria regeneração.”
A celebração da Páscoa é um momento de recomeço e renovação. É hora de refletir sobre nossas condutas, de modificar nossos hábitos, de deixar nascer em nós o ‘homem novo’, aquele que segue a lei de justiça, de amor e de caridade, que tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria.
Sigamos em frente e para o alto: Coragem para que homens de boa vontade se tornem homens de bem!
[1] XAVIER, Francisco Cândido. Capítulo 17: O preço da luz. In: Brilhe a Vossa Luz (peça em nossa livraria). Pelo Espírito Emmanuel. Ed. Editora FEB/Rio de Janeiro.
[2] RODRIGUES JR. Adail Sebastião. Capítulo Reformas. In: Receitas de luz e Renovação (adquira agora). Por Espíritos Diversos. Editora Caravana de Luz Editora.
Comments