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Tolerância, o outro nome da indulgência

Pela Equipe de Comunicação e Marketing


Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.

Jesus – Mateus 26,52

 

 

Neste mês, parte do mundo celebra o Dia Internacional da Tolerância (16/11). A Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 1996, reconhece que a tolerância é um caminho para a paz mundial, ao oferecer uma oposição pacífica a qualquer tipo de preconceito entre as pessoas e os povos. Aqui, no Brasil, também existe o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, criado pela Lei Federal n.º 11.635, de 27 de dezembro de 2007. São datas que representam oportunidade para cada um de nós reconhecer a necessidade da vivência da tolerância, no dia a dia, com aqueles que nos cercam a se estender a toda a humanidade. 


Mas, afinal, o que é tolerância? Por que ela seria um ensejo para a paz? Se procurarmos nos dicionários, veremos que tolerância é o mesmo que indulgência; é saber desculpar quando nos sentimos ofendidos. Esse significado nos faz lembrar uma questão de “O Livro dos Espíritos” (estude a obra: clique aqui): a questão de número 886. Kardec pergunta: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?. E a Espiritualidade Amiga responde: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”. Ou seja, a tolerância faz parte da tríade que compõe a caridade. É, portanto, um valor necessário para o equilíbrio da vida em sociedade e, quando desconsiderada, somos envolvidos e envolvidas em clima de dureza de coração, de impiedade e de insensibilidade, portas abertas para a violência, que, sabemos, se apresenta de muitas formas, seja simbólica, emocional, psicológica, moral, física ou espiritual.


Quando Jesus afirmou que devemos “embainhar a nossa espada”, ensinou, no Getsêmani, no momento que estava sendo preso, que ninguém fere sem também ser ferido. Aliás, o Meigo Amigo foi exemplo vivo – com quem esteve e por onde passou – que devemos oferecer a outra face, não recusar a nossa túnica, dar a quem nos pedir e não pedir de volta o que nos foi tomado [1]. É o que prescreve a Lei de Causa e Efeito [2]. Em outras palavras, “todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente” [3], somos responsáveis pelo que sentimos, desejamos, pensamos, falamos e fazemos.


Mas, como “embainhar a nossa espada” diante de nossos testemunhos? Como caminhar mais uma milha com quem nos agride? [4] Como podemos sustentar transformações necessárias em nós? Acreditem: a resposta está em nossos corações: com a prática do amor que cada um carrega dentro de si. Jesus-Cristo nos disse: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” [5].



“Caso aspires a conviver no reino de paz e de bem-aventurança, não olvides entender o teu semelhante, dentro dos limites peculiares à sua retidão moral. Ajudando, com amor, estarás ajudando a ti mesmo. Lembra-te de que não sabemos, decerto, quando poderemos cair, não obstante Jesus haver-nos convidado à vigilância ininterrupta. E, somente quando experimentamos na alma a agrura da falta por nós cometida é que reconhecemos a necessidade do perdão e compreensão para conosco, observando que o outro nome da indulgência é misericórdia” (Espírito José, em “Receitas de luz e Renovação”, psicografia de Adail Sebastião Rodrigues Jr., capítulo Indulgência).



Por fim, neste convite de sermos tolerantes, queremos deixar registrada a alertiva de José, Espírito protetor, contida no item 16, do capítulo X (Bem-aventurados os que são misericordiosos), de “O Evangelho segundo o Espiritismo”:


A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. (...)

A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. (...)

Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. (...)

Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.





[1] Lucas 6,29-30 – Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; e dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lhe tornes a pedir.

[2] Um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita. Ver questões 258A e 984 de “O Livro dos Espíritos”.

[3] Revista Espírita, ano primeiro, 1858.

[4] Mateus 5,41 – E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

[5] Mateus 5,13-16.




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