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O Céu e o Inferno: aniversário de 155 anos (1865-2020)

Pela Equipe de Comunicação e Marketing

Diariamente temos sido bombardeados, pelas mídias, com os informativos de adoecimentos e mortes decorrentes da pandemia de coronavírus. Quase sempre ilustrados com depoimentos comoventes de parentes e amigos dos pacientes, temos percebido, com o passar do tempo, os números transformarem-se em nomes de pessoas conhecidas. E questionamentos acerca da morte têm surgido com mais frequência: por que tantas mortes coletivas? Idosos, adultos, jovens e até crianças? O que os aguarda após a morte?


O nada, dizem os materialistas, que acreditam que a única realidade seja a vida do corpo. O céu, o inferno ou o purgatório, respondem outros que creem nas penas eternas.


E o que diz a Doutrina Espírita? O Espiritismo nos esclarece que a conduta moral vivenciada, enquanto estamos encarnados, constituirá nosso passaporte para a vida futura. Também consola e conforta nossos corações, discorrendo acerca da bondade e da justiça divina que possibilitam a todos, sem exceção, alcançar a perfeição e a felicidade. Imortais, que somos, retornaremos à carne, quantas vezes forem necessárias para trilharmos os caminhos da evolução.


Onde encontrar elucidação dessas e outras questões da vida no além-túmulo? Há 155 anos, em primeiro de agosto de 1865, publicava-se a quarta obra da codificação kardequiana [1]: O CÉU E O INFERNO ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo.


Em O Céu e o Inferno, Allan Kardec amplia os conhecimentos de temas tratados na quarta parte de O LIVRO DOS ESPÍRITOS [2], primeira obra básica do Espiritismo, que tem seu conteúdo estudado no segundo guia de estudos espíritas da COLEÇÃO ILUMINAR [3]. O Mestre Lionês realiza um exame comparativo das doutrinas existentes sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, fala acerca das penalidades e recompensas futuras e apresenta inúmeros exemplos da situação real da alma, durante e após o desencarne.


Na primeira parte, intitulada “Doutrina”, o codificador demonstra, com argumentação imbatível, a confiabilidade e a segurança do Espiritismo, acerca do temor da morte e dos conceitos de céu, inferno e purgatório, que, não representando lugares circunscritos, refletem o estado íntimo da alma. Discute a doutrina das penas eternas, demonstrando sua impossibilidade material. E apresenta o código penal da vida futura, finalizando com a afirmativa: “A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra – tal é a lei da Justiça Divina” [4].


Na segunda parte, apresenta sessenta e sete depoimentos de Espíritos que desencarnaram em situações espirituais diferentes. Esses companheiros obtiveram a permissão do Alto para fornecerem testemunho autêntico do próprio estado em que se encontravam na vida espiritual após o desenlace. Encontramos relatos de Espíritos felizes, em condições medianas, sofredores, endurecidos, suicidas, criminosos arrependidos e alguns que sofreram expiações terrestres. Kardec ressalta, no prefácio da primeira edição da obra, que “Cada um desses exemplos é um estudo, onde todas as palavras têm o seu valor para aquele que nelas refletir com atenção, porque de cada ponto brilha uma luz sobre a situação da alma após a morte, e sobre a passagem, até aqui tão obscura e tão temida, da vida corporal para a vida espiritual”.


Reflexionando sobre essa alertiva, destacamos um exemplo de Espírito em condição mediana. De nome Joseph Brê, o senhor se designa um homem honesto segundo os homens e não segundo Deus. Diz que, cumprindo as leis humanas de seu tempo, não conquistou a felicidade e que se encontrava vivenciando o desgosto de não ter melhor aproveitado o tempo em que esteve encarnado. Não se sentia um homem de bem, como descrito por Kardec em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: “O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre os seus próprios atos, perguntará a si mesmo se não violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que gostaria que lhe fizessem” [5]. Esclarece que “Não basta, para ser honesto perante Deus, ter respeitado as leis dos homens; é preciso antes de tudo não haver transgredido as leis divinas” [6].


O depoimento de Joseph Brê alerta-nos quanto ao que estamos fazendo em prol da construção de nossa felicidade futura e deixa-nos o convite para iniciarmos agora um programa de renovação espiritual. Reflexionemos: vivenciamos as leis de Deus em nosso cotidiano? Estamos praticando todo o bem ao nosso alcance? Quais têm sido as nossas escolhas?


Ouçamos o espírito José: “Em vista disso, faze a opção pelo lado melhor da vida, transformando-se em ‘servo de todos’, a fim de que tua verdadeira liberdade seja, sobretudo, desagrilhoar-te dos entraves que dificultam tua rota evolutiva, rumando, sem cessar, para o convívio da luz” [7].




[1] Obras da codificação kardequiana: O Livro dos Espíritos (1857); O Livro dos Médiuns (1861); O Evangelho segundo o Espiritismo (1864); O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).

[2] KARDEC, Allan. Quarta parte. Questões 920 a 1019. In: O Livro dos Espíritos (peça em nossa livraria).

[4] KARDEC, Allan. Primeira parte. Capítulo VII. Item: Código penal da vida futura. In: O Céu e o Inferno (peça em nossa livraria).

[5] KARDEC, Allan. Capítulo XVII. Sede perfeitos. Item 3: O homem de bem. In: O Evangelho segundo o Espiritismo (peça em nossa livraria).

[6] KARDEC, Allan. Segunda parte. Capítulo III. Espíritos em condições medianas. Joseph Brê. In: O Céu e o Inferno (peça em nossa livraria).

[7] RODRIGUES JR, Adail Sebastião. Capítulo: Herdeiros da luz. In: Receitas de Amor e Paz. Por Espíritos diversos.




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