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Perispírito, uma veste especial

Pela Equipe de Comunicação e Marketing

Perispírito, uma veste especial - Caravana de Luz Editora

“Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual.

Se há corpo natural, há também corpo espiritual”.

Paulo (I Coríntios 15, 44)



“Compreende-se que, na verdade, o existir é um interexistir.

E para esse interexistir, que marca a nossa realidade, possibilita-nos a Providência Divina um valiosíssimo instrumento, espelho da alma e sustentáculo do corpo, que é o Perispírito.

O Perispírito é, por excelência, o elo interexistencial”.

Zalmino Zimmermann, na obra PERISPÍRITO.



Perispírito, do grego peri, que se traduz como em torno, e do latim, spiritus, que significa alma ou espírito, é a sutil roupagem do Espírito que possibilita sua interação com os meios espiritual e físico. Palavra criada por Allan Kardec e empregada pela primeira vez na questão 93 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, já tinha seu significado conhecido desde a mais remota Antiguidade.


Perispírito - Zalmino Zimmermann - Editora ALLAN KARDEC

Seu estudo foi sistematizado pelo codificador no século XIX, mas já era designado por outros termos em antigas civilizações: mano-maya-kosha (na Índia védica); baodlas (no Zend-Avesta, dos persas); kha ou bai (entre os sacerdotes egípcios); rouach (na Cabala); kama-rupa (Budismo); eidolon, okhema, ferouer (entre os gregos); khi (na tradição chinesa); corpo espiritual (Paulo de Tarso) [1]. O Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, chama-o de psicossoma e corpo espiritual, como Paulo. Na atualidade, os estudiosos dão aos três termos – perispírito, psicossoma e corpo espiritual – o mesmo sentido.


Esse laço semimaterial que à matéria do corpo prende o Espírito, “faz de um ser abstrato, do Espírito, um ser concreto, definível, apreensível pelo pensamento. Torna-o apto a atuar sobre a matéria tangível, conforme se dá com todos os fluidos imponderáveis, que são, como se sabe, os mais poderosos motores” [2]. É retirado “do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos [...] passando de um mundo a outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa, conforme resposta dos benfeitores à Kardec na questão 94 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. O perispírito evolui de acordo com o progresso moral de cada um e se torna cada vez mais sutil, quanto mais elevado e perfeito for o Espírito. É um elemento que nos identifica e diferencia, sendo peculiar a cada individualidade, segundo suas características morais e espirituais, estejamos encarnados ou desencarnados.


A existência deste corpo fluídico é a explicação para o fenômeno mediúnico de vidência, o que possibilita ao médium vidente identificar os desencarnados que se lhe apresentem. Quando o Espírito nos aparece, é que pôs o seu perispírito no estado próprio a torná-lo visível. Mas, para isso, não basta a sua vontade, porquanto a modificação do perispírito se opera mediante sua combinação com o fluido peculiar ao médium. Ora, esta combinação nem sempre é possível, o que explica não ser generalizada a visibilidade dos Espíritos. Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se; não basta tão pouco que uma pessoa queira vê-lo; é necessário que os dois fluidos possam combinar-se, que entre eles haja uma espécie de afinidade e também, porventura, que a emissão do fluido da pessoa seja suficientemente abundante para operar a transformação do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem ainda outras condições que desconhecemos. É necessário, enfim, que o Espírito tenha a permissão de se fazer visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido, ou só o é em certas circunstâncias, por motivos que não podemos apreciar[3]. Kardec descortina, assim, os três elementos fundamentais, não somente da vidência, bem como, de todos os fenômenos mediúnicos: médium habilitado, Espírito comunicante e permissão divina.


Nesses ensinamentos percebemos que na comunicação mediúnica forma-se entre Espírito e médium uma atmosfera fluídico-espiritual, que permite a transmissão do pensamento e da vontade daquele para este. Essa verdade nos convida a reflexionarmos sobre a importância da busca diária do aperfeiçoamento espiritual. Evoluir moral e espiritualmente para nos tornarmos intérpretes fiéis das mensagens dos Espíritos na vivência mediúnica, pontes entre as duas realidades: física e espiritual.

Investigando o Livro dos Espíritos - Guia de Estudos Espíritas. Coleção Iluminar, Caravana de Luz Editora.

E, nesse mês de janeiro, comemoramos 160 anos da publicação da segunda obra básica: O LIVRO DOS MÉDIUNS, onde não encontramos, segundo o próprio codificador, “uma receita universal e infalível para formar médiuns” [4], mas sim um tratado de conhecimentos e alertivas imprescindíveis para lidarmos de forma equilibrada com a mediunidade e “dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista” [4]. E, para compreendermos melhor seus ensinamentos, podemos contar com a obra lançada pela Caravana de Luz Editora, Sondando o Extraordinário em O Livro dos Médiuns – Guia de Estudos Espíritas, da Coleção Iluminar [5].


O benfeitor Emmanuel, ao comentar o versículo 44 da I Carta de Paulo aos Coríntios em seu capítulo 15, recomenda-nos a semeadura do bem constante como forma de aprimoramento desta veste especial, que será sempre reflexo natural de nossa evolução espiritual. “Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina. O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”. Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza. Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros. Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual[6].



[1] ZALMINO, Zimmermann. Capítulo 1: Conceito natureza. In: Perispírito (peça em nossa livraria).

[2] KARDEC, Allan. In: A Gênese (peça em nossa livraria). Capítulo XI, item 17.

[3] KARDEC, Allan. In: O Livro dos Médiuns (peça em nossa livraria). Capítulo VI, item 105.

[4] KARDEC, Allan. In: O Livro dos Médiuns. Introdução.

[6] XAVIER, Francisco Cândido. Capítulo 171: No Campo físico. In: Vinha de Luz (peça em nossa livraria). Pelo Espírito Emmanuel.





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