Pela Equipe de Comunicação e Marketing
“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” – Mateus 24, 42
Desde 2003, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e, a partir de 2015, instituiu-se, em nosso país, a campanha brasileira de conscientização acerca desse grande mal. Veiculada nas diversas mídias como SETEMBRO AMARELO, foi criada pela iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A preocupação surgiu a partir dos índices alarmantes de atentados à própria vida: “Apesar do progresso, uma pessoa ainda morre a cada 40 segundos por suicídio”, disse o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Toda morte é uma tragédia para a família, amigos e colegas. No entanto, suicídios são evitáveis” [1].
O movimento espírita também aderiu a essa campanha mundial e ampliou as discussões acerca da valorização da vida, abordando, além da prevenção ao suicídio, a prevenção ao uso de drogas, à prática do aborto e aos atos de violência, de qualquer procedência. O objetivo é defender a vida, apresentando-a como oportunidade de evolução e progresso espiritual.
Jesus, nosso modelo e guia [2], trouxe-nos, na vivência de sua Lei de Amor, a profilaxia eficaz para combater a triste realidade da violência, seja contra o próximo ou contra si mesmo. Ciente que sua mensagem de fraternidade e paz não seria facilmente aceita pelos homens, alertou-nos que um tempo de grandes dores físicas e morais ainda viria, antes da perfeita união da humanidade com seus princípios redentores. E em seu Evangelho encontramos uma história que espelha bem essa verdade: a parábola das dez virgens [3].
Parte integrante do Sermão Profético [4], essa narrativa fala de uma festa de casamento, que tinha dentre os convidados dez virgens, ressaltando que cinco delas eram prudentes e cinco insensatas. As últimas receberam essa designação porque não tinham levado azeite suficiente para alimentarem suas lamparinas e, por isso, não puderam entrar na casa do noivo para participarem das comemorações. Como toda parábola, precisamos analisar o simbolismo que ela encerra e, nessa, temos o casamento do noivo, representado por Jesus, com a noiva, que é a humanidade. Esse casamento representa nossa união com os ensinamentos do Mestre Jesus. O azeite, combustível das lamparinas, é o símbolo de nosso patrimônio espiritual, pessoal e intransferível, fruto da escolha pela vivência no bem. A festa do casamento simboliza o plano de harmonia e fraternidade que a humanidade construirá no mundo de regeneração, após o enlace de todos, em seus corações, com a mensagem do Cristo.
E a figura das virgens insensatas ou tolas nos remete a uma série de reflexões: temos sido vigilantes o suficiente para ampliarmos nosso estoque de azeite, para acendermos nossa luz interior, à chegada do noivo? Como temos vivido em tempos de transição planetária? Estamos prontos para a aferição dos valores espirituais que já conquistamos? Vigiamos a nós próprios, buscando burilar cada imperfeição reconhecida, ou ainda perdemos tempo, apontando os defeitos do próximo, nosso irmão de caminhada evolutiva?
Ampliemos o patrimônio dos valores espirituais que iluminam nossa alma, tendo sempre como base os ensinamentos do Mestre Nazareno. O Espírito José nos alerta: “A Terra oferece meios de seus habitantes evoluírem, em busca da perfeição. Mas aquele que olvida o Cristo por bússola de salvação e felicidade passa pelo Planeta usufruindo suas benesses, sem entregar ao mundo os bens imarcescíveis da renúncia e da caridade, perdendo-se inevitavelmente nos tentáculos do arrependimento, amanhã” [5].
Estejamos atentos e vigiemos diariamente, valorizando a vida, pois não sabemos quando o noivo abrirá as portas de sua casa para as comemorações da tão esperada união da humanidade terrestre com sua mensagem de amor. Lembremos que trabalhadores prudentes estão sempre vigilantes quanto aos próprios atos, palavras e pensamentos e não caem nas armadilhas da ignorância, desajustes e erros passados.
Os tempos são chegados, a aurora da Nova Era se aproxima e a verificação dos valores morais de cada um se faz urgente. O Espírito Angélica ressalta que “sonhar com um mundo melhor é, antes de tudo, fazer um trabalho em nós mesmos, sem trégua e incansável, para que o homem velho que nos habita dê lugar ao homem renovado pelo aprendizado e vivência da ciência crística a nós oferecida há mais de dois mil anos” [6].
[1] Disponível em: https://nacoesunidas.org/um-suicidio-ocorre-a-cada-40-segundos-no-mundo-diz-oms/.
[2] KARDEC, Allan. Questão 625. In: O Livro dos Espíritos (peça em nossa livraria).
[3] Parábola das dez virgens – Mateus 25, 1 a 13.
[4] Sermão Profético – sermão proferido por Jesus no Monte das Oliveiras e narrado em Mateus nos capítulos 24 e 25.
[5] RODRIGUES JR, Adail Sebastião. Capítulo: Somente Cristo. In: Receitas de luz e Renovação. Por Espíritos diversos.
[6] CARVALHO, Maria Fátima Ferreira. Capítulo 21: Construindo um mundo melhor. In: Escrevendo Palavras, Modificando Conceitos. Pelo Espírito Angélica.
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